Na minha época de estudante de 2º grau, ouvi uma professora fazer uma pergunta boba sobre sexualidade que à época pouco me chamou atenção apesar da surpresa da resposta. Era o 1º ano ainda, haviam muitos alunos “turistas” do tipo que sabe-se que não chegam até o fim do ano, e a aula era de Física. E a professorinha perguntou em meio ao assunto que estava no ar: “Qual é o maior órgão sexual” E começou o burburinho e risadinhas tolas de sempre. Após algum suspense ela saiu com a resposta: “Para quem pensou bobagem, o maior órgão sexual é o cérebro” e decepcionou a todos!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Espera do Verdadeiro Amor


 Sempre nos questionamos a respeito do amor verdadeiro, imorredouro, que não respeita limites ou barreiras: onde ele está? Como é? Quem tem direito a ele?
 Nascemos prontos para o amor: basta um gesto, um olhar, algo que estimule os sentidos e - BAM! - lá está ele, brilhando em nosso céu; amamos nossos pais, irmãos e filhos, amigos, animais de estimação, livros, músicas, artes e artistas... Nosso amor cresce conosco, muda conforme nossas marés.
 Mas e quanto a "aquele" amor? Aquele que traz à nossa vida a pessoa que completa os espaços vazios, estimula nossas virtudes e relega a segundo plano antigos defeitos? Quando esperar por ele?
Podemos passar toda uma vida à procura deste amor que arrebata, que extrapola a racionalidade, buscando em outros amores de menor grandeza a familiaridade, a sensação de conforto e segurança que somente o reencontro com a alma que nos completa pode dar.
 Há quem diga, e eu acredito, que sejam almas gêmeas, que em um passado remoto tomaram rumos diferentes e que, mesmo de forma inconsciente, continuam a se buscar pela eternidade de muitas existências, por vezes quase se tocando, mas com caminhos independentes. São irmãos, primos, amigos de infância ou estranhos completos que em algum momento se mostram profundos conhecedores de nossa verdadeira essência, que enxergam através de escudos de proteção, de máscaras usadas para que não haja sofrimento, dor, rejeição, máscaras que escondem a solidão.
 Há porém relatos daqueles que foram abençoados com o reencontro com sua alma gêmea, e os percalços pelos quais passaram até ver o caminho livre para o amor; anos de separação, impedimentos por laços familiares, distâncias... barreiras que, no final, só fizeram fortalecer o vínculo e a necessidade de estarem juntos, onde a vida passa somente a ter sentido com a complementação que um traz ao outro.
Um dos livros de que mais gosto, "A Ponte Para o Sempre", de Richard Bach, conta com sensibilidade rara a história e o caminho pelo qual passam almas gêmeas. Mais do que um romance, trata-se de um relato onde o próprio autor é um dos personagens, que depois de desistir de tanto procurar, "esbarra" casualmente com sua alma gêmea. É uma daquelas obras que tomam contextos diferentes e se encaixam em vários momentos de nossas vidas, e cada nova leitura traz uma nova interpretação. Eu costumo dizer que este livro, em particular, vem amadurecendo comigo há muitos anos, vem polindo novas facetas do que eu mesma posso esperar da minha alma gêmea, do meu verdadeiro amor.
 O autor, Richard Bach, faz várias alusões a outro livro, este um clássico da literatura que passa longe de ser apenas un conto infantil: "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry. Considera, e eu concordo plenamente, que esta seja um obra-prima na demonstração do verdadeiro amor que envolve almas gêmeas; toma várias citações, e uma das de maior força e expressão, "Tu te tornas responsável pelo que cativas" resume a busca incansável pela paz e pelnitude que só sentimos quando reconhecemos e abraçamos o verdadeiro amor.
 Há vários outros exemplos de busca e espera pelo amor maior, e prestando atenção podemos identificar em cada um deles o sofrimento e a ansiedade de finalmente poder tomar nos braços o objeto de desejo, sem impecilhos, sem culpas, sem medos, para então sentir-se completo, e em paz.
 Há muito anos, bem jovem ainda, ao ler "A Ponte para o Sempre" pela primeira vez, desejei com todas as forças receber alguma prova de que encontraria meu grande amor, aquele que colocaria fim ao vazio e à dor insuportável da solidão. Na mesma noite, tive um sonho que depois comprovou-se ser uma regressão a uma existência anterior: em algum momento, num tempo onde a vida era bem mais difícil, eu me via deitada num campo magnífico, com um maravilhoso castelo ao fundo, em uma manhã de sol. Mas me encontrava inconsolável - chorava copiosamente. Foi quando apareceu sobre mim o rosto de um belo homem, e mesmo parcialmente ofuscada pelas lágrimas e pelo sol pude ver seus olhos, de um verde inesquecível, irradiando um amor que eu até então desconhecia. Este estranho, ao mesmo tempo tão familiar, limitou-se a sorrir e dizer "eu voltei para que você não chore mais, porque eu te amo e nunca mais a abandonarei. Nunca mais você se sentirá ou estará sozinha". Despertei com a certeza de que este encontro ocorreria, e que eu poderia esperar tranquila de que a promessa seria cumprida.
 Quando passamos por momentos reveladores como este sonho, podemos ter certeza de que Algo Maior conspira a nosso favor no Universo, podemos ter esperanças de que o tão desejado dia chegará, onde não nos sentiremos mais sozinhos em meio à multidão, onde finalmente cruzaremos com o olhar que tão bem conhecemos, tão profundamente entendemos e que completa de maneira inigualável o nosso ser.
 Fonte

1 comentários:

Anônimo disse...

Oi, Patrícia,

Tudo em você é afrodisíaco, é? Gostei muito disso que você escreveu sobre almas gêmeas...eu também acredito, no fundo da minha alma que existe alguém assim que, embora sendo tão humano quanto nós, pode nos fazer sentir como se o céu se abrisse e toda a nossa saudade terminasse finalmente e por fim, acalentasse o nosso coração!
Desejo prá você, prá mim e prá todo mundo que acredita, que encontremos as nossas amadas almas gêmeas e possamos ser, enfim, realmente felizes!Abraço!

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