Na minha época de estudante de 2º grau, ouvi uma professora fazer uma pergunta boba sobre sexualidade que à época pouco me chamou atenção apesar da surpresa da resposta. Era o 1º ano ainda, haviam muitos alunos “turistas” do tipo que sabe-se que não chegam até o fim do ano, e a aula era de Física. E a professorinha perguntou em meio ao assunto que estava no ar: “Qual é o maior órgão sexual” E começou o burburinho e risadinhas tolas de sempre. Após algum suspense ela saiu com a resposta: “Para quem pensou bobagem, o maior órgão sexual é o cérebro” e decepcionou a todos!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Amizade Carnal

Amizade ou interesse sexual?



 Usamos muito a expressão objeto amoroso, uma forma possessiva que coroa o que se chama coisificação da pessoa na nossa civilização: o homem ou a mulher são considerados um objeto que se pode usar, manobrar, manipular, dispensar, possuir. Quem já não teve essa sensação ao fim de um relacionamento amoroso ou mesmo dentro do ambiente de trabalho?
 Há uma linda história que ilustra a preocupação de evitar ser considerado objeto. Durante a guerra, um tenente manteve correspondência com uma moça que nunca tinha visto, e os dois cultivaram uma grande afinidade. No fim da guerra, quando chegou o momento do encontro pessoal, ele ignorava completamente o aspecto físico da moça, já que não haviam trocado fotografias (nem havia web cams na época...).Combinaram que se encontrariam na estação; ele com um livro debaixo do braço e ela com uma rosa.
 O tenente levou um susto quando viu uma senhora idosa com a rosa tão esperada; assim mesmo, entregou-lhe o livro, pensando que de qualquer forma tinha feito uma excelente amizade. A senhora então o encaminhou à verdadeira moça, que era muito bonita e lhe explicou que se valera de um tipo de teste.
Eis os termos da carta, sobre a preocupação de ser considerada como objeto: "Se o sentimento que você tem por mim tiver fundamentos sinceros, a minha aparência pouca influência terá, se você supuser que sou bonita. Eu seria sempre perseguida pela ideia de que você viu apenas isso, e essa forma de amor criaria repulsa em mim. Supondo que eu seja feia, eu viveria tomada de receio de que você continuasse escrevendo para mim por se sentir só. Por favor, não peça o meu retrato. Quando voltar, poderá ver-me e tomar a decisão que o seu coração lhe ditar."
(Extraído do livro "Amar e Ser Amado", de Pierre Weil)

Esses dias, comentávamos no Twitter sobre o fato de que muitos homens, quando fazem amizade virtual, acabam querendo apenas ver uma imagem pela web cam, e na maioria das vezes querem mesmo é sexo virtual. A maioria das mulheres não está ali para isso - imagino eu. Tenho feito excelentes amigos por essa via, mas já tive decepções também. Busco companhia para momentos de solidão e afinidade de ideias e sentimentos. E você, do outro lado, está atrás do quê?
Fica o aviso para os desavisados: nem toda a mulher que lhe dá conversa é para sexo, ou você já não aprendeu isso na vida real? Em tempos de pressa e falta de profundidade nos relacionamentos, talvez devêssemos nos perguntar o que está por trás de um rostinho bonito ou de um traseiro empinado.

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